Empreendimentos possibilitam a utilização de produtos excedentes

As geleias são misturas concentradas de frutas muito comuns nos pratos brasileiros. Servem, por exemplo, como pasta em pães e doces no café da manhã. Por ser fácil de preparar, a produção de geleia pode ser uma alternativa de empreendedorismo e de geração de renda, especialmente para pequenos produtores.
Renata Torrezan, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), explica que as geleias tradicionais são elaboradas normalmente com uma fruta (morango, pêra, amora, etc.). Mas há também as receitas que misturam ingredientes semelhantes (frutas vermelhas, frutas cítricas, etc.). Ela destaca que, atualmente, há uma tendência no mercado de “conciliar o sabor das frutas com especiarias ou condimentos, outros vegetais e bebidas alcoólicas, sendo denominadas em alguns casos, como geleias gourmet”.
Apesar disso, os ingredientes básicos para a elaboração dos produtos continuam os mesmos: fruta, pectina, açúcar, um ingrediente ácido e água. A pesquisadora conta que, a partir deste padrão, cada empreendedor pode variar a receita para atingir o sabor e a consistência desejados, além de adaptar o material às ferramentas que tem disponíveis.
Produção de geleia é simples
“A geleia é um dos produtos de frutas mais simples de serem elaborados e que exige poucos investimentos”, afirma Torrezan. Segundo ela, os produtos podem ser feitos tanto em grandes cozinhas industriais quanto em pequenas panelas, “os princípios são os mesmos, independentemente do porte da empresa”.
Os ingredientes devem ser preparados e mensurados de acordo com as formulações estabelecidas por cada processador, para isso, algumas frutas têm que ser descascadas, despolpadas, picadas ou descaroçadas. Então, mistura-se as frutas com a pectina, o açúcar, o ácido e a água para iniciar a concentração ou cozimento até chegar à consistência adequada.

“Só é essencial trabalhar com frutas e vegetais sadios e higienizá-los, assim como todo o ambiente de elaboração para evitar contaminações nos produtos”, pontua a pesquisadora.
Ela explica ainda que o envase é feito com a geleia ainda quente e deve ser feito em recipientes devidamete esterilizados. A partir desse momento, o produto já está pronto, faltando apenas realizar a rotulagem, o armazenamento e a distribuição.
“As geleias devem apresentar o sabor e aroma da fruta ou ingredientes originais, também não devem ser açucaradas ou pegajosas”, complementa. Renata Torrezan também frisa que, para ser comercializado, o produto deve atender às normas previstas na Legislação de Alimentos especificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte Globo Rural
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