Sua história, presente em diversas práticas

O alambique se compõe de uma história que remete ao passado e o presente de maneiras bem específicas. Para quem não sabe bem o que é o Alambique, é o lugar usado para destilação de bebidas, um equipamento simples. É uma palavra de origem árabe e significa um vaso destilatório, instrumento para destilação.
Voltando no tempo, conta-se que foi utilizado em princípio pelos egípcios em torno de 3.000 a.C. Em meados do século XVI com o conhecimento em grande proporção da cana-de-açúcar, ficou sendo costumeiro se deparar com engenhos e alambiques, mais notadamente, na extensão do nordeste brasileiro.
Segundo considerado pela história, quando foi descoberto o ouro das Minas Gerais, a plantação da cana-de-açúcar e produção de cachaça entraram em declínio, ficando então, destinada para a fabricação da cachaça à comunidade da zona rural.
O Alambique foi inerente a alquimia, um exercício com cunho místico, que unia ciência e experimentos, com propósito de descobrir a cura para alguns malefícios. Pode ser utilizado industrialmente ou domesticamente. É um equipamento também utilizado para fabricar óleos, remédios, florais e bebidas alcoólicas, também conhecidas como bebidas “espirituosas”. Essa expressão origina-se de outra palavra muito utilizada no século XIII, o “espírito do vinho” ou em francês, “Eau de Vie” ou “água da vida”.
Os egípcios utilizavam recipientes de cerâmica para produzir a destilação de bebidas e infusões de plantas. O engenho passou por variadas mudanças e evoluções até chegar no cobre, que beneficia a cachaça ficar sutilmente com mais requinte em aromas, pois opera só com o coração da cachaça, excluindo a cabeça e a calda, que têm substâncias de qualidade inferior. É também utilizado na fabricação de bebidas e destilação do uísque.
Composição do Alambique:
Em sua forma mais tradicional, é composto por três partes:
Pote, onde o mosto da bebida é fermentado e aquecido;
Pescoço de cisne, por onde o álcool evaporado sobe;
Condensador, onde o vapor de álcool condensa e volta a se tornar líquido.
Em virtude da procura pela bebida artesanal, a organização de alambiques tem sido mais frequente; além de sua importância ganhar destaque em diversas regiões do Brasil.
Atualmente, existe mais de 4 mil alambiques espalhados em prática, em todos os estados brasileiros, resultado de um fato excepcional específico do destilado nacional: embora a cultura da cana-de-açúcar tivesse se desenvolvido em grandes latifúndios, a cachaça sempre se caracterizou pela produção artesanal em pequenos alambiques na roça e por famílias, o que proporcionou a grande quantidade de marcas de cachaça disseminadas por todo o território brasileiro.
Por Denise de Oliveira Guilherme




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