A safra de amendoim de 2022 atingirá um crescimento de 15% a 20% superior à safra de 2021, segundo informações da Abeaesp (Associação dos Beneficiadores e Exportadores de Amendoim de São Paulo). A associação foi fundada em Tupã no ano de 2009, com o intuito de congregar os beneficiadores, e adquirindo maior poder de mercado e maior representatividade, tem contribuído para o progresso das operações no setor.
A safra, que foi plantada entre os meses de outubro e dezembro do ano passado, já está sendo finalizada, mas os dados ainda estão sendo concluídos, o que pode acontecer dentro de mais alguns dias.
São Paulo é responsável por 93% de todo o amendoim produzido no País. A expectativa de volume para esta safra é de que possa ser atingido o total de 1 milhão de toneladas de amendoim in natura.
Entre os anos de 2019 e 2020, o preço para o produtor cresceu em média 45%, devido ao aumento no volume das exportações, sendo que o dólar favoreceu as regiões produtoras durante o ano passado, e o preço permaneceu praticamente estável.
A área plantada para esta safra aumentou em média 15%. O amendoim é exportado para diversos destinos como Rússia, Argélia, União Europeia, Ucrânia, África do Sul e Colômbia, países responsáveis por absorver 80% de toda exportação nacional de amendoim.
Exportações
No primeiro trimestre deste ano, a exportação de amendoim rendeu a quantia de US$ 23,9 milhões ao município de Tupã, com aumento de 46,9% em relação ao mesmo período do ano passado e participação de 91% no total exportado.
Os produtores rurais aproveitaram as últimas chuvas para iniciar o preparo do solo que receberá a próxima safra do amendoim. O produto é um dos “carros-chefes” da economia tupãense, e importante em termos de exportação.
A previsão é de que o plantio seja iniciado a partir da segunda quinzena do mês de setembro, caso as condições do tempo contribuam com o início do período de chuvas. Caso essas previsões se confirmem, a colheita poderá ser iniciada mais cedo, no mês de fevereiro.
Atualmente, a saca de 25 quilos do amendoim está custando entre R$ 75,00 a R$ 80,00. Mas já chegou a valer R$ 120,00, no auge. “O preço comercializado hoje é o de custo”, disse o produtor rural Edson Schiavon, ao explicar que neste ano a expectativa dos produtores é de uma redução de cerca de 10% na produção do amendoim. “Essa redução será causada em decorrência de um desânimo de alguns produtores por causa dos preços que estão baixos”, disse.
Schiavon explicou que os produtores rurais ainda sentem os impactos econômicos causados pela pandemia e pela guerra entre Ucrânia e Rússia. Vale lembrar que a Rússia é o principal parceiro comercial de Tupã na importação do amendoim. “Os negócios estão acontecendo, com o mercado voltando a exportar para esses países”, afirmou Schiavon. “Por outro lado, o frete marítimo está caro. Os cerealistas, que são os revendedores desses produtos, estão pagando menos para os produtores”, explicou.
Fonte: Diário de Tupã
Sem Comentários | Seja o Primeiro!