Pagamento faz parte de um programa de recompensa por serviços ambientais

O trabalhador rural que restaurar áreas degradadas pode ganhar mais do que a adequação da propriedade ao Código Florestal. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é um mecanismo financeiro criado para remunerar produtores rurais por serviços ambientais executados em suas propriedades, mas que geram benefícios para toda a sociedade.
Um exemplo bem-sucedido vem de Extrema, uma cidade no sul de Minas. Lá nasceu o Conservador das Águas, o primeiro projeto de PSA regulamentado do Brasil.
O modelo usa fontes de financiamento público e de parceiros, como empresas e universidades, para incentivar a restauração por meio de pagamentos aos trabalhadores rurais.
Para aderir ao programa, os produtores assinam um contrato e, após a adesão, começam a executar a restauração. As ações incluem o plantio de árvores nativas, construção de terraços e de bacias de contenção para a água da chuva.
A gerente regional da Mantiqueira da ONG The Nature Conservancy, Adriana Kfouri, destaca os benefícios do programa.
“O primeiro é a adequação das propriedades ao Código Florestal, o que significa cumprir a legislação, mas sobretudo proteger as nascentes, as beiras de rios e os topos de morros, áreas importantes para a segurança hídrica. Essa adequação permite outros benefícios, como melhorar a qualidade e quantidade da água e a qualidade do solo”, explica.
O sucesso do programa em Extrema levou à criação do Plano Conservador da Mantiqueira, que envolve mais de 30 municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para Adriana, os municípios devem usar os instrumentos disponíveis para garantir a longevidade dos projetos. A especialista também incentiva que a sociedade seja conscientizada sobre a importância da restauração, das florestas e das vegetações nativas para a produção de alimentos.
Fonte Redação Destaques Digitais
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