Artefato criado para moagem dos grãos

Tantas coisas que têm seu valor para quem vive no campo até hoje, que passa despercebido para nós que vivemos na cidade.
O Moedor de café é uma dessas riquezas que transformam os grãos de café na bebida mais consumida no mundo, com um sabor incontestável.
Ele já sofreu muitas mudanças desde sua composição, em torno do ano de 1200 pelos árabes, que iniciaram a moagem dos grãos de café para transformá-los em bebida.
No início usavam peças de pedra para moer os grãos. Os romanos e os gregos modernizaram dispondo do design dos moinhos de trigo para moer o café. Aplicaram uma peça em forma de ampulheta que se encaixava em outra semelhante a um cone, que quando girava, trituravam os grãos.
Os turcos e os persas ajudaram no aperfeiçoamento do moedor e incluíram um cabo com a função de fazer as duas peças girarem e colocar um lugar para conservar o grão moído.
Foi nos Estados Unidos que o primeiro pacote com o grão já moído foi vendido, por volta de 1860.
Os moedores estão sempre passando por atualizações e sempre criando um mais inovador do que o outro. Apesar de passar por todas essas mudanças, esteve presente em várias fases da história e na cozinha de vários povos com diferentes raças, poder aquisitivo e crenças.
O utensílio manual atualmente quase não é usado, mas ainda há casas de roças que fazem questão do equipamento e consomem o café produzido em suas lavouras, que é torrado e moído na hora de ser usado e coado em suportes.
Mas o moedor de café é mais comumente encontrado em museus rurais ou locais que têm o turismo rural como atração e despertam a curiosidade de crianças e jovens.
No cotidiano do século XX, as crianças antes de irem para a escola, produzirem a moenda dos grãos de café para a preparação da bebida, adoçada com rapadura ou melado, preferida pelos brasileiros e imigrantes.
Histórias tão cheias de riqueza, beleza e aroma de um cafezinho moído na hora cheio de frescor e sabor sempre incrível.
Por Denise de Oliveira Guilherme

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