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Gibão de couro

Roupa típica de vaqueiros

Foto reprodução

É uma peça confeccionada, pelo próprio vaqueiro, em couro curtido de bode ou de cabra, de forma artesanal. Ela se estende do pescoço à cintura, com uma tira, que prende a peça ao pescoço do vaqueiro; com mangas compridas para proteção dos braços. Geralmente ele possui bordados e enfeites peculiares ao dono da vestimenta.

O sertanejo, além do gibão, usava calça de couro bem comprida, luvas e chapéu do mesmo material; que era resistente aos grandes espinhos da seca vegetação. Outro artefato de extrema importância era o berrante.

Tal vestimenta era muito comum no Brasil Colônia, principalmente na região nordestina; por causa de sua vegetação à base de caatinga, recobertas por espinhos.

Ainda hoje é usado como símbolo e está presente em festas típicas, que retratam a vida do boiadeiro e sua lida sofrida no campo.

Para os vaqueiros e sertanejos, além de seu instrumento de trabalho, o artefato é também um objeto sagrado, pois pode ser comparado às armaduras usadas pelos soldados e guerreiros, que seguiam para as grandes batalhas.

Objetivo do artefato

A vestimenta protegia os vaqueiros e peões, que buscavam o gado por entre os espinhos e o sol escaldante, da vegetação espinhenta e densa.

A pele de couro é motivo de orgulho para estes homens, que no período de seca tem que percorrer longas distâncias, para levar os animais em busca de água. A referida vestimenta é tão sagrada quanto o anúncio da chegada das primeiras chuvas, no sertão nordestino.

Símbolo do Sertão

O artefato de couro era a vestimenta preferida do Pernambuco Luiz Gonzaga, apelidado de Rei do Baião, que divulgou em todo o Brasil, a vida sofrida do sertanejo e seu amor pela terra nordestina; com as músicas Gibão de Couro, Asa Branca, Luar do Sertão e Vida do Viajante.

Fonte: coisas da roça

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